Cada contato meu com alguma pessoa representava uma perda
enorme de energia vital: eu saía esgotado, confuso, com dor de cabeça e,
principalmente,
com dor por não poder fazer nada pelo desespero alheio.
A minha própria miséria aumentava.
Foi aí que a solidão deixou de ser involuntária para se transformar em escolha.
E foi bom, está sendo bom.
Passo o dia lendo, ouvindo música,
vendo
velhos filmes na televisão,
de vez em quando vou ao cinema ou saio para
passear na beira do rio que passa atrás do edifício.
Fico lá sentado
numa pedra,
fumando e pensando nas pessoas que perdi,
senão em afeto,
pelo menos em proximidade física.
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