sábado, 8 de agosto de 2009


Eu sou a dama da noite que vai te contaminar
com seu perfume venenoso e mortal.
Eu sou a flor carnívora e noturna que vai te entontecer
e te arrastar para o fundo de seu jardim pestilento.
Eu sou a dama maldita que, sem nenhuma piedade,
vai te poluir com todos os líquidos,
contaminar teu sangue com todos os vírus.
Cuidado comigo: eu sou a dama que mata, boy.
Já chupou buceta de mulher?
Claro que não, eu sei: pode matar.
Nem caralho de homem: pode matar.
Já sentiu aquele cheiro molhado que as pessoas têm
nas virilhas quando tiram a roupa?
Está escrito na sua cara, tudo que você não viu nem fez
está escrito nessa sua cara que já nasceu de máscara pregada.
Você já nasceu proibido de tocar no corpo do outro.
Punheta pode, eu sei, mas essa sede de outro corpo é que nos deixa loucos e vai matando a gente aos pouquinhos.
Você não conhece esse gosto que é o gosto que faz com que a gente fique fora da roda que roda e roda
e que se foda rodando sem parar, porque o rodar dela é o rodar de quem consegue fingir que não viu o que viu.
O boy, esse mundo sujo todo pesando em cima de você, muito mais do que de mim e eu ainda nem comecei a falar na morte...



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